sábado, 6 de junho de 2009

Intrínseco Tédio

De minha própria essência
Sai uma penumbra esquizofrênica
Instiga-me à própria demência...
Essa loucura exagerada e cênica.

Como um poema de tragédia barroca,
Lança-me à dor fantasmagórica,
Essa sobra de espanto e glória,
Nauseando a digestão à boca.

Espalho aos ventos estes versos doentes,
De tão mórbidos, tornam-se clementes,
Da melancolia sempre que presente,
Na ausência do humano, da tenacidade.

Assusta-me o rancor das rimas,
Rasgando a vil felicidade,
Que nos trás cem mil surpreendentes
Remorsos pairando às margens.

(2008)

Um comentário:

  1. Muito bom seu poema! Pode carecer de um esmero e coesão maior, verdade, mas nada que a experiência não seja capaz de aprimorar.
    Com o tempo, lerei mais poemas seus por aqui. Por ora, meus parabéns!

    ps: se quiser saber como encontrei seu blog, foi graças ao comentário que você deixou num blog que participo, o poesiaretro.

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