Pudesse eu abandonar meu nada,
sentir o cheiro da grama molhada,
gritar aos brados minha felicidade,
ter um amor que fosse de verdade.
Pudesse a vida me oferecer novos frutos,
afundar-me à lama macia e homogênea,
e apreciar as luzes do céu noturno,
contar estrelas à beira de meu tudo.
Pudesse eu viver intensamente,
me contentar a cada descontente,
e atracar no centro de meu tudo,
fazer que lá seja o meu sonhado mundo.
Pudesse eu ver a natureza,
Sentir o frescor de sua beleza,
Pudera eu desenhar novas flores,
pudera eu reinventar novos amores.
E hoje, ao raiar do sol, pudera
A aurora vir e incendiar meu tudo,
Levar-me embora e seguro,
Para um mundo melhor que isso tudo.
(2008)
sábado, 6 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário